Formações iniciais: Inter em um 4-3-1-2 e Palermo em 4-3-2-1. Laterais eram as valvulas de escape, e Santon, tomou um baile de Cassani na primeira etapa.
Um jogo louco no Giuseppe Meazza, com direito a virada espetacular, defesa de pênalti e uma estréia simplesmente arrasadora de Giampaolo Pazzini na equipe da Inter.
Apesar de fazer alterações no onze inicial, como a volta de Diego Milito ao comando de ataque e a entrada do recuperado Phillipe Coutinho na vaga de Sneijder, Leonardo manteve o mesmo 4-3-1-2 que vem usando desde a sua estréia no comando dos nerazurri.
Do outro lado, o Palermo foi com força máxima e em seu já tradicional esquema “árvore de natal”, um 4-3-2-1 explorando a capacidade de criação do argentino Pastore e a velocidade de Micolli, para os contra-ataques, a principal arma da equipe Rosanera.
Com o meio-campo congestionado, as laterais eram as válvulas de escape para ambas as equipes. Do lado interista, Maicon tinha a proteção de Zanetti, que lhe dava liberdade para descer com velocidade pela direita e por vezes assustar a equipe de Delio Rossi.
Também pela direita, o Palermo mostrava sua força nos contra golpes, com as subidas do bom lateral Cassani. Foi com o camisa 16 que se iniciaram as jogadas dos dois gols que deram a vantagem aos visitantes na primeira etapa, marcados por Micolli e Nocerino.
Na volta do intervalo, Leonardo promoveu duas mudanças na equipe, colocando os estreantes Houssine Kharja e Giampaolo Pazzini nas vagas de Phillipe Coutinho e Davide Santon – que foram muito mal na primeira etapa. Com isso, o time passou do 4-3-1-2 dos quarenta e cinco iniciais para um 4-3-3, com Eto’o saindo pela esquerda enquanto Milito e Pazzini se revezavam entre o lado direito e o pivô.
As alterações de Leonardo fizeram efeito e a Inter passou a agredir a equipe visitante, buscando o tento que colocaria fogo no jogo. E ele veio justamente dos pés dos estreantes, quando Kharja achou Pazzini livre na área e o camisa sete, como um legitimo nove, girou e bateu no canto oposto, sem chances para Sirigu.
Minutos depois, o Palermo teve a chance de ouro para ampliar e quem sabe, definir a partida, quando Thiago Motta derrubou Fabrizio Micolli na área e Nicola Rizzoli assinalou pênalti. Pastore cobrou mal, com certa displicência e parou nas mãos de Julio César, que retornara ao gol nerazurri após lesão.
A defesa da penalidade acendeu de vez os donos da casa, que partiram com tudo em busca do empate. Tanto foi pra cima, que foi Lucio quem sofreu a falta que originou o tento da igualdade – falta um tanto mandrake, é verdade – novamente anotado por Pazzini, desviando de cabeça o levantamento feito por Maicon.
Com as alterações de Leonardo, time migrou para um 4-3-3 com Kharja encostando bem nos avantes e Zanetti na lateral esquerda, ponto fraco da equipe no primeiro tempo.
O empate já se mostrava um excelente resultado diante das circunstâncias da partida, no entanto, a penta campeã voltou a mostrar sua força e com um pênalti – também mandrake – sofrido por Pazzo e convertido por Eto’o a trinta minutos da etapa derradeira, fez o que parecia impossível, virou o jogo e assegurou os três pontos em casa, essenciais na busca pelo arqui rival Milan.
As mudanças de Leonardo, tanto nas peças quanto na formação foram de crucial importância para a virada. Kharja e especialmente Pazzini deram uma nova cara ao time, que sufocou até conseguir o resultado.
E como definir a estréia de Pazzini? Simplesmente, Pazzo.