quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Esquadrões Inesquecíveis da Década que Termina

A década está no fim, e decidi lançar aqui oito esquadrões inesquecíveis (pelo menos para esse que vos escreve) nos últimos dez anos que se passaram. Cabe ressaltar que se trata apenas de times europeus, que venceram e encantaram a todos os amantes do futebol.

Vamos ao que interessa, eis as oito equipes:

REAL MADRID 2001/2002 – O BELO INÍCIO DA ERA GALÁCTICA

Real Madrid 01-02

Sob o comando de Vicente Del Bosque, se dava o pontapé inicial à primeira era galáctica de Florentino Perez no Real Madrid. E esse início não poderia ter sido melhor, título da Champions League, com direito a eliminar o arqui-rival Barcelona nas semifinais, gol do ídolo Raul e GOLAÇO do gênio recém chegado, Zinedine Zidane na final diante do Bayer Leverkusen.

Apesar de ter jogadores incompatíveis com o termo “galáctico”, como Salgado, Helguera e o limitado Solari, cinco foras de série, Hierro, Roberto Carlos, Figo, Zidane e Raul, ditavam o time, que ainda contava com os gols do artilheiro Morientes.

PORTO 2003/2004 – A Admirável surpresa e o nascimento de um mito

Porto 03-04

A Champions League da temporada 2003/2004 foi marcada pelas surpresas, e culminou na inesperada final entre FC Porto x Mônaco. A equipe lusitana, comandada pelo então desconhecido José Mourinho, atropelou os franceses, com um incontestável 3 a 0 na grande decisão, gols de Carlos Alberto, Deco e Alenichev. Deco era a base forte do time, pelos seus pés passavam todas as jogadas de efeito do time que também conquistou a Liga Portuguesa.

Além de Deco, vários outros jogadores apareceram ali, como Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, mas o grande destaque daquele time era realmente o seu treinador, José Mário dos Santos Félix Mourinho, ou simplesmente, o Special One.

ARSENAL 2003/2004 – IMBATÍVEL

Arsenal 03-04 premierleague

Liderado por dois grandes franceses, um do lado de fora do campo, Arsene Wenger, e outro dentro das quatro linhas, Thierry Henry, os Gunners fizeram campanha incrível na Premier League, que terminou com a conquista do título de maneira invicta. Jogando com duas linhas de quatro, o time tinha uma incrível força no setor de meia cancha, com Gilberto Silva seguro e preciso nos desarmes, Vieira também seguro e ótimo na saída pro jogo, Ljungberg e Pires pelos flancos, usando sempre a velocidade.

Mas o grande expoente daquela equipe era mesmo Henry, técnico, veloz e letal, o camisa 14 terminou a temporada como artilheiro do Campeonato Inglês, anotando 30 dos 76 gols do time, que venceu 26 e empatou 12 dos 38 jogos.

LIVERPOOL 2004/2005 – O VERDADEIRO TIME DE GUERREIROS

liverpool 04-05

Chegar à decisão da Champions League passando por um rival local fortíssimo, com um gol espírita de Luis Garcia, que mesmo hoje, cinco anos depois, ainda gera polêmica se a bola entrou ou não, já foi um grande feito para o desacreditado time do Liverpool.

Mas aquela equipe, liderada por Gerrard queria mais e nem mesmo os impiedosos 3 a 0 (que poderia até ter sido mais) feitos pelo Milan no primeiro tempo da final foram suficientes para deter o time de Rafa Benítez. Um início arrasador na segunda etapa e o empate veio em apenas 6 minutos, com gols de Gerrard, Smicer e Xabi Alonso. A conquista só veio nas penalidades, depois de ainda passar por mais um sufoco na prorrogação, quando Dudek fez defesa milagrosa em finalização de Shevchenko.

BARCELONA 2005/2006 – SOB A BATUTA DE UM GÊNIO

Barça 05-06

Ronaldinho Gaúcho já havia sido eleito o melhor jogador do mundo em 2005, mesmo conquistando apenas a Liga Espanhola pelo Barcelona, uma temporada depois de fazer o milagre de salvar o time catalão do rebaixamento. Mas faltava algo, faltava para o craque dentuço, a Champions League. E ela veio na temporada 05/06, quando o Barça bateu o forte time do Arsenal de Henry na decisão por 2 a 1, com gols de Eto’o e Belletti.

O time de Frank Rijkaard jogava de maneira bem ofensiva, em um 4-3-3 que concentrava a sua força no flanco esquerdo, por onde seu camisa 10 desfilava seu repertório de lindas jogadas, com dribles, arrancadas e gols espetaculares.

MANCHESTER UNITED 2007/2008 – A CONSAGRAÇÃO DE UMA TEMPORADA PERFEITA PARA CRISTIANO RONALDO

ManUtd 07-08

O sistema de Ferguson era simples: Muita marcação e a exploração do talento de Cristiano Ronaldo. Assim, os Red Devils conquistaram a Premier League e a Champions League, com o gajo sendo artilheiro e comendo a bola nas duas competições.

A intensa movimentação do trio ofensivo formado por Tevez, Rooney e Ronaldo era o ponto forte do time que conquistou a Europa graças ao escorregão de John Terry na cobrança do pênalti decisivo. Era o destino a favor de Cristiano Ronaldo, o luso não podia ser marcado como vilão após uma temporada perfeita.

BARCELONA 2008/2009 – A NOBRE ARTE DO TOQUE DE BOLA

Barça 08-09 

Manutenção da posse de bola e qualidade no passe foram as grandes virtudes desse Barcelona que encantou todo o planeta. Xavi e Iniesta ditando o ritmo do meio campo, distribuindo o jogo de forma ímpar, as boas investidas de Dani Alves pela direita, a boa fase de Henry, os gols de Eto’o e o talento único de um gênio, Lionel Messi.

Para mim, o time que conquistou simplesmente tudo que jogou, colecionando nada mais nada menos que seis taças em uma temporada foi o que tivemos de melhor nessa década. A perfeição do futebol coletivo somada à qualidade individual de cada um foi de encher os olhos.

INTERNAZIONALE 2009/2010 – EFICIÊNCIA RIMA COM OBEDIÊNCIA

Internazionale 09-10

A obediência tática foi ponto crucial no time de José Mourinho, que levou a tríplice coroa. Um time que soube se defender como poucos, mas sem perder a vocação ofensiva, que contava com um trio sensacional. Eto’o, que sempre jogou como um autêntico 9 no Barcelona, passou a jogar como 7, pelo flanco direito, marcando, voltando até a retaguarda para dar combate. Sneijder, o legitimo camisa 10, que ditava o ritmo da equipe e a conduzia, foi para muitos o melhor jogador do ano de 2010. Diego Milito, letal, foi o atacante dos sonhos de “Mou”, fazendo o papel de pivô e sendo decisivo quando acionado.

O jogo chave da equipe foi contra o poderoso Barcelona no Camp Nou, onde com uma vantagem de dois gols, ficou com um jogador a menos por cerca de 70 minutos e ainda assim, suportou a pressão para passar pela equipe catalã e encaminhar a tão sonhada taça da UEFA Champions League, que já não vinha há 45 anos.

P.S.: Com esse post encerro o ano de 2010, e faço uma pausa de uma semana de merecido descanso. Desejo a todos um feliz natal e um excelente 2011, com muita saúde, paz, e claro, muito bom futebol. Agradeço a todos que por aqui estiveram e peço, que continuem frequentando esse espaço no novo ano que está por vir.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Real Madrid 1x0 Sevilla – Mais sofrido que o esperado

Madrid x Sevilla

Formações iniciais, Madrid no habitual 4-2-3-1 com Lass e Arbeloa nas vagas de Xabi Alonso e Marcelo. Sevilla em um 4-4-2 em linha; Detalhe para o quarteto que cercou Cristiano Ronaldo.

Nem o mais pessimista torcedor merengue poderia imaginar que o Real Madrid encontraria tamanha dificuldade contra o Sevilla, que faz campanha apenas mediana na Liga Espanhola.

Pressionado pela vitória do Barcelona sobre o Espanyol no sábado, quando o time catalão abriu cinco pontos de vantagem sobre os madridistas, o time de José Mourinho foi a campo desfalcado de dois jogadores de suma importância para o sistema de jogo do técnico português, Marcelo e Xabi Alonso.

O brasileiro pela sua criatividade e volúpia ofensiva, algo que falta no seu substituto, Arbeloa. Sem Marcelo, Cristiano Ronaldo ficou “abandonado” do lado esquerdo, sem alguém talentoso por perto para tabelar e poder tentar alguma jogada de efeito, por isso, em diversos momentos, especialmente na primeira etapa, o camisa sete se deslocou do flanco para o meio, se aproximando de Özil e Di Maria.

O espanhol pela sua visão de jogo e qualidade no passe, em especial o passe longo, em profundidade, buscando a velocidade de Di Maria e Cristiano Ronaldo, para quem sabe assim, “quebrar” a zaga alta do Sevilla, que deixou Benzema inúmeras vezes em posição de impedimento – alguns marcados erroneamente pelo auxiliar.

Assim se desenrolou a etapa inicial da peleja, com o Madrid mantendo 70% da posse de bola, mas sem conseguir assustar o goleiro Palop, a não ser em duas cobranças de falta de Cristiano Ronaldo. Também em bolas paradas saíram as melhores oportunidades dos rojiblancos, primeiro em cobrança de escanteio, cabeceada por Escudé e que saiu a esquerda do gol de Casillas, depois, já no fim dos quarenta e cinco iniciais, em cobrança de falta venenosa de Romaric.

As duas equipes voltaram dos vestiários sem alterações, pelo menos nas escalações, pois as posturas foram outras. Ambos os times batendo mais, principalmente a equipe da casa, que já mostrava certo nervosismo diante do até então resultado negativo.

Foi aí que José Mourinho tentou acertar o time e fez duas interessantes mudanças, lançando Pedro Leon e Granero nas vagas de Khedira e Benzema, respectivamente. Com as mudanças, Cristiano Ronaldo passou a fazer a função de centroavante no lugar do apagado Benzema (alias, algum dia o francês brilhou pelo Madrid?), mas antes mesmo que as mexidas pudessem surtir algum efeito, um balde de água fria caía sobre os quase 80 mil torcedores presentes no Santiago Bernabéu. Em disputa de bola no alto, Ricardo Carvalho e Negredo se enroscaram e o português recebeu o segundo amarelo, expulso, de maneira injusta, a meu ver.

Mas foi justamente no pior momento do jogo para o time blanco que as coisas se acertaram. Para compor a zaga ao lado de Pepe, Mourinho deslocou Arbeloa para o setor e Di Maria saiu da ponta direita para fazer a lateral esquerda, onde se aproximou de Cristiano Ronaldo e “dividiu” a marcação que o português recebia pelo quarteto Dabo, Cáceres, Zokora e Konko.

  A esta altura, já sem esquema tático ou posicionamento, o Madrid pressionava e buscava o gol desesperadamente. Di Maria 2Por cima, por baixo, de longe, tentando cavar um pênalti, tudo era válido na busca pelo tento que daria os três pontos aos merengues e os recolocariam a apenas dois do Barcelona. Foi aí que apareceu o craque, Mesut Özil. O alemão, que foi bem discreto durante todo o jogo, pegou a bola pelo lado direito e resolveu partir pra cima da defesa, assim, deixou dois no chão antes de rolar para Granero encher o pé da entrada da área, a bola desviou na zaga e foi parar nos pés do “lateral” Di Maria, o argentino parou a pelota e sem ângulo tocou para as redes.

Ainda sobrou tempo para a equipe do Sevilla “manchar” a sua boa (porem, covarde quando teve um jogador a mais) atuação com um festival de pontapés nos minutos finais da partida, que acabou na expulsão do lateral Dabo.

Madrid x Sevilla 2 Após a expulsão de Ricardo Carvalho, Di Maria passou para a lateral, enquanto Arbeloa foi compor a zaga ao lado de Pepe.

A sofrida e merecida vitória para o time que mais a buscou mantém o equilíbrio no campeonato particular entre Barça e Madrid, que só voltam a campo pela Liga no dia 2 de janeiro, contra Levante e Getafe, respectivamente.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Wembley é logo ali


Foram definidos nesta sexta-feira os confrontos da fase Oitavas-de-Final da UEFA Champions League, veja como ficaram os duelos, com uma pequena analise de cada jogo e o palpite do blogueiro:

ROMA x SHAKTAR DONETSK
Duelo equilibrado. O time da capital italiana, que apresenta sinais de melhora na temporada, pegou um adversário parelho e pode sonhar com uma classificação às quartas-de-final. Por outro lado, o líder da Liga Ucraniana, também pode almejar uma inédita (e merecida) classificação à fase seguinte. O time que desbancou o poderoso Arsenal na fase de grupos, conta com um perigoso trio brasileiro, composto por Willian, Douglas Costa e Jadson para tentar avançar.
Palpite: Shaktar Donetsk.

MILAN x TOTTENHAM HOTSPURS

Um dos grandes jogos dessa fase. Os rossoneri, que caiu em uma chave muito difícil, têm uma nova pedreira pela frente, mas conta com os gols de Ibrahimovic e a volta de Pato para buscar a classificação. A equipe de Londres, que já desbancou a atual campeã Inter de Milão na primeira fase, quer agora passar pelo outro time de Milão e se classificar as quartas-de-final pela primeira vez em sua história.
Palpite: Tottenham Hotspurs

VALENCIA x SCHALKE 04
Interessante o reencontro do Valencia com Raul, seu algoz na final de 99/00. A equipe espanhola conta com o talento de Juan Mata e os gols de Aritz Aduriz para tentar voltar a figurar entre os oito grandes da Europa. Os alemães, que vão de mal a pior na Bundesliga, tem na boa campanha na fase de grupos da UCL um alento para seu torcedor – e o sustento de Felix Magath. A dupla formada pelos ex-merengues, Raul e Huntelaar, é a esperança dos azuis reais.
Palpite: Schalke 04.

INTERNAZIONALE x BAYERN MUNCHEN
Replay da última final. A Inter já não é mais a mesma que foi campeã em maio desse ano, muito em função da saída de José Mourinho, mas ainda assim é uma equipe perigosa e que se não sofrer tanto com lesões como vem sofrendo, pode chegar longe. O Bayern é outro que capenga na Bundesliga, apenas na sexta colocação, mas sobra na Champions. Tem na volta de Robben, sua grande esperança de dias melhores.
Palpite: Internazionale.

LYON x REAL MADRID
Novamente nas oitavas. Apesar da chegada do ótimo Yoann Gourcuff, o Lyon já não é mais o mesmo da última temporada, quando foi até as semifinais, passando pelo mesmo Real Madrid e contando com uma fase esplendorosa de Pjanic, autor do gol que eliminou os merengues. O Madrid também já não é mais a mesma equipe da última temporada, a chegada de José Mourinho deu mais “cancha” e confiança ao time branco, que sonha passar das oitavas-de-final, o que não acontece há seis temporadas.
Palpite: Real Madrid.

ARSENAL x BARCELONA
Outro reencontro da última UCL. Para tentar fazer frente a poderosa equipe catalã, os Gunners precisam voltar a contar com o russo Arshavin, que vive sua pior fase no clube, e Cesc Fabregas, que vem sofrendo muito com lesões. O Barça, melhor do que nunca, está voando e parece não ter adversários. Não que seja uma zebra, pela tradição do Arsenal, mas qualquer resultado que não seja a classificação blaugrana, será surpresa.
Palpite: Barcelona.

OLYMPIQUE MARSEILLE x MANCHESTER UNITED

Todo favoritismo inglês. Os franceses, apenas em quinto na Ligue 1, contam com o talentoso argentino Lucho Gonzalez e o ganês destaque na Copa do Mundo, André Ayew para tentar o inesperado e passar pelos ingleses. Os Red Devils, que sofreram apenas um gol na fase de grupos, tem na consistência defensiva sua grande força. O time de Sir Alex Ferguson conta ainda com a habilidade de Nani e o faro de gol da dupla Rooney e Berbatov.
Palpite: Manchester United.

COPPENHAGUE X CHELSEA
Outro jogo de total favoritismo inglês. Os dinamarqueses, que dentro de casa até conseguiram fazer um jogo de igual pra igual contra o Barcelona, torcem para que a atual má fase do Chelsea dure até o confronto entre as duas equipes. O Chelsea tenta dar um pontapé na má fase e para isso, não podia ter adversário melhor na Champions. Com a volta dos lesionados e a manutenção do super campeão Carlo Ancelotti, os azuis podem enfim, chegar ao tão desejado título.
Palpite: Chelsea.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sorte de Campeão?

United - Arsenal

Formações Iniciais: Ferguson optou por preencher o meio campo e por isso tirou Berbatov para entrar em um 4-2-3-1, com Anderson se movimentando bem pela faixa central; Rosicky não foi tão bem no mesmo setor pela equipe visitante.

Foi um jogo duro, pegado, de muita força física e muitos erros de passe de parte a parte, onde a sorte foi muito mais decisiva do que qualquer aspecto técnico ou tático.

Mesmo jogando em casa, Sir Alex Ferguson preferiu a cautela e deixou Berbatov no banco para lançar mais um homem no meio campo, abrindo mão do sistema de 4-4-2 em linha que vinha utilizando para entrar em um 4-2-3-1, que contava com a movimentação de Anderson na faixa central e Park e Nani pelos flancos.

Wenger lançou a equipe no habitual 4-2-3-1, com Nasri pela direita, Arshavin pela esquerda e Rosicky centralizado, posição diferente da qual o tcheco costuma jogar, que é pela beirada. Sem poder contar com Fabregas no time titular, Wilshere cumpriu a função do espanhol como segundo volante, ao lado de Song.

Mas a grande mudança na equipe visitante só foi vista no decorrer do jogo. Sua linha defensiva, que geralmente joga mais avançada, dessa vez estava profunda, dando campo aos homens de frente dos Diabos. Com isso, o time de Wenger sofreu muito na primeira etapa, onde não finalizou sequer uma vez contra o gol de Van Der Sar.

Por outro lado, o United deu muito trabalho ao estreante arqueiro Gunner, o polonês Szczesny. Primeiro com Rooney, em chute de longa distância que ficou nas mãos do goleiro, e segundo com NanPark Ji Sungi, com tiro que saiu pela direita do gol, após falha de Squilacci que cabeceou nos pés do português. Na terceira tentativa, a sorte dos donos da casa falou mais alto, quando Nani cruzou rasante na área, a bola desviou n a defesa e subiu na cabeça de Park, que meio sem querer deu um leve toque, suficiente para encobrir o goleiro Szczesny e fazer o tento que daria a vitória aos Red Devils.

As duas equipes voltaram iguais para a segunda etapa, com o Arsenal um pouco mais “alto”, marcando mais a frente, assim, as oportunidades começaram até a aparecer para o time londrino, no entanto, a equipe parava nos diversos erros de Chamack.

Aos vinte da etapa final, Wenger ousou e trocou Wilshere e Rosicky por Fabregas e Van Persie, tirando o time do 4-2-3-1 para um 4-4-2 em linha, com o holandês fazendo companhia a Chamack no ataque. Uma das válvulas de escape do time de Wenger era Arshavin, porém o russo ficou travado na ótima marcação do brasileiro Rafael, que defensivamente, fez sua melhor partida com a camisa do United.

Outro brasileiro em campo, Anderson também fez excelente partida. Além da evidente melhora física, o camisa oito voltou a atuar como atuava no Grêmio, como um camisa 10, e desfilou um belo arsenal de dribles e passes. Em um de seus melhores lances, podia ter definido o cotejo, quando puxou rápido contra ataque, tocou para Rooney e recebeu de volta na cara do gol, mas Szczesny fez ótima intervenção para impedir o segundo tento dos Diabos.

Quem também teve oportunidade de ampliar o marcador e matar o jogo foi Wayne Rooney. Aos vinte e sete minutos, quando Nani avançou em velocidade pela direita, tentou driblar Clichy, mas a bola acabou tocando no braço do lateral francês, pênalti. Na cobrança da penalidade (que a meu ver, não existiu), Rooney bateu bisonhamente, jogando na arquibancada.

Apesar das tentativas de buscar o empate que manteria o Arsenal na liderança, o United segurou o resultado até o fim, mantendo assim, a invencibilidade na temporada e assumindo a ponta da tabela na Premier League, com 34 pontos contra 32 do time londrino, que tem ainda um jogo a mais.

United - Arsenal 2Como terminou: Wenger bem que tentou lançar o time a frente, mas a solidez defensiva garantiu mais três pontos para os Red Devils.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Seleção do Brasileirão

Seleção Brasileirão

TÉCNICO - Renato Portaluppi

Ele não foi campeão, nem vice, no entanto, a arrancada gremista no campeonato se deve muito a ele. Claro que estou falando do técnico Renato Portaluppi.


O comandante assumiu o Tricolor dos Pampas na décima quarta rodada, e encontrou uma equipe em frangalhos, abatida pela eliminação na Copa do Brasil, perante o ótimo Santos do primeiro semestre. O time tinha apenas 15 pontos, ocupava a décima quinta colocação na tabela, brigando ponto a ponto para não entrar na zona de rebaixamento e jogava um futebol apático, sem a raça característica do futebol gaúcho.

Bastou o eterno ídolo gremista assumir o time para que jogadores como Douglas e Jonas passassem a jogar o fino e comandarem à belíssima arrancada do time do sul rumo à quarta colocação e a conquista de uma vaga na fase pré-Libertadores em 2011.

O ótimo trabalho de Portaluppi (que obteve um aproveitamento de 68% - bem superior ao do campeão Fluminense, com 62%), o qualificou a ser o técnico ideal para a nossa Seleção do Brasileirão. Foram 57% dos votos contra apenas 28% do campeão Muricy Ramalho.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Vitória da Fidalguia

Sou tricolor de coração.
Sou do clube tantas vezes campeão.
Fascina pela sua disciplina,
O Fluminense me domina.
Eu tenho amor ao tricolor!

“Disciplina fundamental pro time que liderou o campeonato por 23 rodadas até a conquista do título.”

Salve o querido pavilhão,
Das três cores que traduzem tradição:
A paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte pelo esporte,
Eu sou é tricolor!

“União de um grupo que conseguiu o improvável ao escapar do rebaixamento em 2009, para, com alguns reforços, faturar a taça em 2010.”

Vence o Fluminense
Com o verde da esperança,
Pois quem espera sempre alcança.
Clube que orgulha o brasil,
Retumbante de glórias e vitórias mil!

“Esperança de uma torcida que nunca deixou de acreditar ao longo desses 26 anos de espera pelo segundo título brasileiro do Tricolor.”

Vence o Fluminense
Com sangue do encarnado,
Com amor e com vigor.
Faz a torcida querida
Vibrar com a emoção do tricampeão!

“Vigor foi o que não faltou ao craque e capitão do time, Dario Conca, único jogador de linha a disputar todas as 38 rodadas do Brasileirão.”

Vence o Fluminense,
Usando a fidalguia.
Branco é paz e harmonia.
Brilha com o sol da manhã,
Qual luz de um refletor.Salve o tricolor!!!

"Fluminense, o mais nobre dos times brasileiros de 2010.”

Parabéns Fluminense, CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2010!!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ATACANTES - Jonas e Neymar

Nada mais natural que os artilheiros do campeonato saíssem na frente em qualquer enquete, mas Neymar e Jonas sobraram não apenas pelos seus gols marcados, e sim, porque ambos jogaram muita bola nesse Brasileirão.

O gremista foi peça fundamental na arrancada do Imortal. A partir da chegada de Renato Portaluppi, o tricolor gaúcho não parou mais de vencer, e Jonas de marcar. Foram 22 gols, a maioria deles no segundo turno, que colocam o camisa 7 gremista como o artilheiro maior do certame, e ainda oito assistências, o equivalente a 46% dos gols do time do Olímpico.

Já Neymar, apesar das turbulências dentro do campeonato, especialmente no fim do primeiro turno, com a briga com o então técnico do Peixe, Dorival Junior, ainda assim se destacou. A “jóia” da Vila Belmiro anotou 17 tentos (que poderiam ser 21, se não tivesse desperdiçado 4 penalidades) e deu seis assistências em 29 partidas disputadas.

Com o ótimo desempenho, os dois não deram a mínima chance para os concorrentes pela “Seleção do Visão”. A votação foi um massacre, Jonas obteve 61% dos votos e Neymar 48%, enquanto o terceiro colocado Thiago Ribeiro ficou com 16%.

Pronto, com os dois avantes nossa seleção está formada com: Fábio, Mariano, Dedé, Rhodolfo e Roberto Carlos; Jucilei, Elias, Conca e Montillo; Jonas e Neymar. Agora, só falta um comandante para o esquadrão. Então, vote já e ajude a eleger o treinador ideal.

MEIAS - Conca e Montillo

O Campeonato Brasileiro mais argentino de todos os tempos. Assim pode ser definido o Brasileirão 2010, que teve como principais destaques dois hermanos, Conca e Montillo.


Montillo chegou no meio da competição, disputou apenas 22 jogos, mas foi fundamental para a excelente campanha cruzeirense, já garantido na Libertadores e ainda com possibilidade de ser campeão. O camisa 10 celeste caiu como uma luva em um meio campo que já era muito bom, mas faltava esse toque de qualidade, dado por “La Ardilla”, que anotou sete tentos e deu oito assistências.

Conca, por sua vez, deitou e rolou em todo o Brasileirão. Todo, literalmente falando, já que o camisa 11 tricolor disputou todos os 37 jogos até aqui e está confirmado para o 38º e último diante do Guarani. Conca é o único jogador de linha a conseguir tal feito no certame nacional – os outros que conseguiram foram Rogério Ceni e Fernando Prass, goleiros de São Paulo e Vasco, respectivamente. O argentino participou de 28 dos 61 gols da equipe das Laranjeiras no Brasileirão, o equivalente a 46%, sendo 9 de forma direta (artilheiro do Tricolor) e 19 de forma indireta, dando o passe a algum companheiro.

Assim, os dois também já integram a nossa Seleção. Conca sobrou com 64% da votação, enquanto Montillo superou Bruno César por muito pouco, 35% contra 32%.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Barcelona 5x0 Real Madrid - Lição de coletividade no Camp Nou

Barça - Madrid
Formações iniciais: Messi flutua no espaço vazio entre a zaga e os volantes; Do outro lado, Di Maria quase como um lateral esquerdo tentando combater o perigoso lado direito do Barça.
 
Nem mesmo o mais otimista torcedor do Barcelona poderia esperar por uma apresentação tão majestosa e uma sonora goleada diante do arqui-rival no dia do aniversário do clube.

O Barcelona apresentou um futebol de gala, naquela que foi possivelmente a melhor exibição da equipe na temporada. O individualismo genial de cada jogador fez o coletivo funcionar perfeitamente e o Real Madrid, ao contrário do que muitos (inclusive eu) imaginavam, não foi páreo para a equipe da casa.

O “tapa” azul-grená começou a ser desenhado já nas formações iniciais de cada time. Apesar dos dois treinadores terem ido a campo com o que tem de melhor, Mourinho fez uma opção errada quanto ao posicionamento de seu time.

Ao inverter Cristiano Ronaldo e Di Maria, o treinador português deixou claro que iria ao Camp Nou muito mais para defender do que para atacar. A estratégia era clara: o argentino iria (tentar) combater as subidas de Daniel Alves. Não seria melhor que o camisa sete continuasse em seu “habitat natural” pelo flanco esquerdo para explorar os espaços que ficariam por aquele setor devido à ofensividade do lateral brasileiro?

Com isso, por vezes se via um Madrid acuado, com uma linha de cinco defensores, já que Di Maria se posicionava quase como um lateral esquerdo, enquanto o Barça trocava passes com tranqüilidade no meio. Mas foi em uma bola parada a primeira boa chance do time de Guardiola, quando em cobrança de escanteio, a bola caiu nos pés de Messi, rente à linha de fundo, o argentino levantou a cabeça, viu o posicionamento de Casillas e tocou por cima com classe, caprichosamente a bola beijou a trave. Era o cartão de visitas.

Aos poucos o Barcelona foi se soltando e dominando completamente a partida. O estilo de jogo do time catalão foi imposto com facilidade e foi nesse “tique-taca” que o time logo abriu o placar, com Xavi, em jogada começada e finalizada pelo camisa 6, aproveitando o passe de Iniesta.

O time da casa desfilava seu bom futebol com facilidade e o Real não conseguia encaixar a marcação. Messi flutuava entre a zaga e os volantes blancos, que também não acompanhavam o ritmo dos baixinhos Xavi e Iniesta, enquanto Di Maria e Marcelo batiam cabeça tentando parar Pedro e Daniel Alves.

Com o time merengue ainda atordoado com o primeiro gol, ficou ainda mais fácil do Barcelona se impor e ampliar o marcador. E o segundo gol foi uma obra prima, uma aula de jogo coletivo, onde o time azul-grená trocou passes por quase dois minutos sem deixar os visitantes verem a cor da bola, até Xavi dar o toque de gênio e virar o jogo de um lado a outro, pegando Villa completamente livre, para invadir a área e tocar rasteiro para Pedro empurrar para as redes.

Na volta do intervalo, José Mourinho tentou corrigir o erro na formação inicial com a entrada de Lass Diarra no lugar de Özil – que nada fez na primeira etapa – para reforçar a marcação pelo lado esquerdo e assim dar liberdade a Cristiano Ronaldo, que agora voltava a atuar pelo lado de sua preferência, enquanto Di Maria voltou à ponta direita.

Do lado culé, apesar dos dois a zero no marcador, ainda faltava alguma coisa. Faltava Lionel Messi, que pouco produziu na etapa inicial, mas voltou com tudo para os quarenta e cinco minutos finais. Assim, o argentino começou a desfilar seu repertório e não deu nem tempo para que a mexida de Mourinho pudesse surtir algum efeito.

E quem disse que o melhor do mundo precisa marcar para ser genial? Dessa vez, Messi jogou como um legítimo camisa 10, servindo seus companheiros. Primeiro foi Xavi quem recebeu belo passe do “Pulga”, mas um pé salvador de Khedira evitou que o camisa 6 anotasse o seu segundo gol no cotejo.

Se na primeira tentativa o gol não saiu por pouco, na segunda, o Real Madrid não teve a mesma sorte. Agora foi a vez de Villa receber de Messi cara a cara com Casillas e tirar 03do goleiro para fazer o terceiro. O showzinho particular de “Léo” continuou, e novamente Villa foi o presenteado, após Messi driblar dois defensores e fazer lançamento brilhante para o camisa sete em velocidade tocar na saída do arqueiro merengue.

A essa altura o objetivo de Mourinho já era evitar o pior e para isso colocou Arbeloa na vaga de Marcelo, tentando parar o impiedoso lado direito blaugrana, enquanto o Barça simplesmente administrava a partida e prosseguia com o espetáculo de futebol coletivo, de manutenção da posse da bola, troca de passes, colocando o então líder do campeonato na roda, como se estivesse enfrentando, sei lá, o Sporting Gijón.

Nos minutos finais, Guardiola mexeu no time e lançou dois meninos, Bojan e Jeffren, nas vagas de Villa e Pedro, respectivamente. Pois coube justamente aos canteranos dar números finais à partida, quando Jeffren aproveitou cruzamento rasante de Bojan para tocar para as redes e fechar com chave de ouro a magnífica exibição dos donos da casa. Ainda deu tempo para Sergio Ramos perder a cabeça e ser a nota triste do superclássico ao atingir Lionel Messi com um pontapé grosseiro, por trás, passível de cartão vermelho direto e quiçá de punição.

A incrível goleada deu ao Barça a liderança da Liga espanhola, com 34 pontos contra 32 do rival merengue, que agora tenta se recuperar do baque diante de sua torcida na partida contra o Valência, pela décima quarta rodada do Campeonato Espanhol.

sábado, 27 de novembro de 2010

Mais que uma partida, um campeonato à parte

Barça v Madrid O maior clássico do futebol mundial. Assim pode ser definido o derby espanhol entre Barcelona e Real Madrid, que não à toa é chamado de superclássico e reúne as duas melhores equipes do futebol mundial na temporada.

A visão separatista dos catalães faz com que o jogo valha muito mais do que os três pontos. Pelo menos do lado catalão, a partida tem valor histórico, uma espécie de “questão de honra”, como se vencer o Madrid, tapasse as feridas feitas por Francisco Franco, durante a ditadura espanhola que tanto atacou o povo daquela região.

O Barça de Pep Guardiola, é há dois anos o melhor time do mundo. A base deixada por Rijkaard e aperfeiçoada pelo atual treinador encanta a todos os amantes do futebol, com seu estilo único, de manutenção da posse de bola, de toques curtos, rápidos e objetivos – o famoso “tique-taca” – e que tem no talento de Lionel Messi a sua grande arma.

messi4 “Léo” Messi, por sinal, é ao lado de Cristiano Ronaldo, outro grande atrativo do jogo. Os dois foram os últimos vencedores do prêmio de melhor do mundo e começaram a temporada voando. O gajo é artilheiro da liga espanhola, onde anotou 15 tentos em 12 jogos, mas tem Messi na sua cola, com 13 gols em 10 jogos, incríveis médias de 1,25 e 1,30, respectivamente.

Na UEFA Champions League os dois também estão a todo vapor, mas na competição continental, o argentino leva vantagem, com seis gols marcados em cinco cotejos, enquanto Cristiano deixou sua marca três vezes também em cinco jogos.

Em resumo, ao menos nos números – conforme matéria do globoesporte.com, Messi leva ligeira vantagem sobre Ronaldo. Dos 50 gols da equipe azul-grená na temporada, La Pulga fez 23 e ainda deu 6 assistências, o equivalente a 58% dos gols, enquanto o luso deu as mesmas seis assistências e deixou sua marca em 18 oportunidades, ou 54% dos 44 gols merengues.

No entanto, engana-se quem pensa que o Madrid vive só de Cristiano Ronaldo. Talvez o camisa sete nem seja o principal nome da equipe, já que seu compatriota José Mourinho, é quem atrai mais holofotes. O treinador é o grande responsável pelo excelente inicio de temporada da equipe blanca, que sob a batuta do luso conseguiu algo que não tinha desde a saída de Fábio Capello: padrão de jogo.

A solidez defensiva, aliada aos golpes em velocidade - características marcantes na Inter campeã européia com Mourinho – é a cara desse atual Real Madrid.Mourinho “Mou” conseguiu implantar seu sistema de jogo preferido, o 4-2-3-1, e usá-lo com perfeição. Hoje, o time merengue se defende muito bem e ataca com perfeição, tanto que a equipe ostenta o melhor ataque do espanhol – empatado com o próprio Barcelona – com 33 gols feitos e a melhor defesa, que foi vazada em apenas seis oportunidades.

Além da dupla de portugueses, o time da capital conta ainda com uma dupla alemã que está simplesmente “comendo” a bola. Sami Khedira e Mesut Özil brilharam na Copa do Mundo e por isso foram contratados pelo time blanco e estão correspondendo até acima do esperado, especialmente o camisa 23, que com sua visão de jogo e toques geniais, vem distribuindo o jogo com muita qualidade e deixando seus companheiros na cara do gol com freqüência – qualquer semelhança com o Sneijder de José Mourinho em 2009/2010, não passa de mera coincidência.

Se o Madrid tem jogadores que brilharam no Mundial – tendo ainda três campeões, Casillas, Sergio Ramos e Xabi Alonso – o Barça não fica atrás. Com simplesmente oito campeões em seu time titular, o time blaugrana é uma espécie de seleção espanhola, reforçada por Messi, que tem como destaques a sua dupla de armadores, Xavi e Iniesta, são os dois que comandam o meio campo e ditam o ritmo de “tique-taca” até que encontre uma brecha para deixar um companheiro com chance de marcar.

Outro duelo interessante na peleja é entre os brasileiros Daniel Alves e Marcelo, laterais direito e esquerdo que irão bater de frente pelo lado do campo. Dani já é entrosado com o time e adaptado ao sistema de jogo da equipe de Guardiola, talvez por isso leve ligeira vantagem sobre Marcelo, que cresceu muito defensivamente com José Mourinho.

Esses são apenas alguns dos pontos interessantes desse grande jogo, que é um campeonato a parte e começa a decidir La Liga, uma vez que é improvável imaginar os dois gigantes perdendo pontos para os demais dezoito times do certame.

Abaixo, entrevista com André Rocha, blogueiro do Olho Tático, sobre o que esperar para essa grande partida:

1. Primeiro, em uma visão geral, o que você espera desse jogo?

André Rocha: Sendo bem otimista, podemos ter tecnicamente o melhor superclássico dos últimos anos pelo ótimo momento do Real. Mas muito provavelmente os treinadores não vão se deixar levar por romantismo. Até porque o duelo entre a Inter de Mourinho e o Barça de Guardiola na semifinal da Liga dos Campeões na temporada passada ainda não acabou. Portanto, a perspectiva mais conectada com a realidade é a de um jogo mais tenso e "pegado".

2. O que cada treinador pode fazer para (tentar) barrar os dois melhores jogadores do mundo, Cristiano Ronaldo e Messi?

A.R: Depende do posicionamento das duas grandes estrelas. Se Ronaldo jogar pela esquerda como de costume, Guardiola vai precisar montar um esquema de cobertura para Daniel Alves. Ou adiantar o brasileiro, como nos 2 a 0 no Bernabéu da temporada passada. No caso de Messi, a atenção maior deve ser dos volantes Khedira e Xabi Alonso, para que o argentino não flutue às costas deles pelo centro. Mourinho pode até surpreender e escalar Lass Diarra fixo à frente da zaga para tentar minimizar o problema.

3. Acredita que Guardiola pode optar por Keita (ou Mascherano) na vaga de Pedro - como já o fez algumas vezes - para aumentar a força física e de marcação no seu meio campo?

A.R: Pode. Mas como o jogo no Camp Nou, acho improvável. Se o Real entrar mais defensivo, impossível.

4. E esse embate brasileiro pelo lado do campo, com Dani Alves e Marcelo batendo de frente (e sofrendo com Cristiano Ronaldo e Messi). Quem pode se dar melhor?

A.R: No duelo entre os dois, aposto no Daniel Alves, embora o Marcelo tenha progredido demais com Mourinho. Quanto aos embates com os craques dos times, se Messi atuar aberto à direito será uma surpresa para mim. E existe a possibilidade de Cristiano Ronaldo atuar como um atacante mais centralizado. Se ficar mesmo à esquerda, o português pode levar vantagem em cima de Daniel Alves, que não tem a marcação como virtude.

5. Por fim, perguntinha fácil, qual o seu palpite para esse jogão?

A.R: Barcelona carrega um favoritismo natural pelo entrosamento, o retrospecto recente favorável e o mando de campo. Mas os merengues nunca pareceram tão prontos para vencer. Se fosse para apostar num placar, seria 2 a 1 para o Barça. Sem muita convicção.

Barça-Madrid Perspectiva das formações iniciais: Barça no tradicional 4-3-3, com suas variações e muita movimentação do trio ofensivo; Madrid no 4-2-3-1 com Ronaldo caindo nas costas de Dani Alves e a aposta na genialidade de Özil.

Por fim, um pequeno aperitivo com 10 GOLAÇOS do super clássico:

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VOLANTES - Elias e Jucilei

Único clube a se manter nas três primeiras colocações durante todo o campeonato, o Corinthians tem em seu meio campo o seu ponto forte, especialmente na dupla de selecionáveis, Elias e Jucilei.


Motorzinho do time alvinegro, fazendo a transição defesa/ataque sempre com muita velocidade e qualidade, Elias foi destaque tanto na parte ofensiva, onde anotou sete tentos e fez cinco assistências, quanto na defensiva, onde realizou 108 desarmes 31 jogos disputados pelo camisa 7.


Jucilei, com sua forma física avantajada, foi o pulmão do time. Força física e visão de jogo são as principais virtudes do camisa 8, que é líder em desarmes no Brasileirão, com 155 interceptações corretas. Além de defender bem, “Juci” também ajuda o time no ataque, onde fez dois gols e deu cinco assistências.

A dupla brilhou e ajudou o Corinthians (que ainda briga pelo título, faltando duas rodadas) a brilhar. Aqui mesmo no blog, já destacamos por vezes os bons desempenhos dos corinthianos, aqui e aqui, e esse bom desempenho os levaram à nossa Seleção do Brasileirão, com 61% dos votos para Elias e 38% para Jucilei, enquanto Fabio Rochemback, o terceiro colocado, ficou com 23%.

A Seleção está quase no fim e já temos um bom time em formação, com Fábio, Mariano, Dedé, Rhodolfo, Roberto Carlos, Elias e Jucilei. Agora já está aberta a votação para os melhores meias e os melhores atacantes, vote nos DOIS de sua preferência e ajude a montar esse esquadrão.

ZAGUEIROS - Dedé e Rhodolfo

As defesas de suas equipes não são nem de longe as menos vazadas do Campeonato Brasileiro, no entanto, individualmente, Rhodolfo e Dedé foram brilhantes durante a competição.


A excelente campanha do Atlético-PR passa muito pela sua dupla de defensores, Manoel e especialmente Rhodolfo, que com força e classe, mostrou ser um quarto zagueiro à moda antiga. O zagueirão rubro negro participou de 32 jogos da equipe, e cometeu apenas 50 faltas, tomou 6 cartões amarelos, nenhum vermelho, e de quebra, fez 134 desarmes durante o Brasileirão.


O vascaíno Dedé foi sem dúvidas o melhor jogador da equipe na competição. O beque foi o alicerce da arrancada cruzmaltina sob o comando de PC Gusmão. Dedé impressiona pelo número de desarmes, foram 154 até aqui, e assim como Rhodolfo, também cometendo poucas infrações, meras 56 faltas em 33 partidas, com quatro cartões amarelos e uma expulsão.

Com esse ótimo desempenho, a dupla sobrou na nossa enquete e forma a zaga da Seleção. Com 42%, Rhodolfo foi o mais votado, enquanto Dedé levou 35% da preferência, Chicão e Alex Silva, os mais próximos, ficaram com apenas 21% cada.

domingo, 21 de novembro de 2010

Fim de Tabu

Arsenal x Tottenham Um tabu é sempre lembrado às vésperas de um grande clássico, especialmente quando se trata da maior rivalidade de uma metrópole como Londres e quando esse tabu já se perdura por extensos 17 anos. Esse foi o período que o Tottenham passou sem saber o que era vencer o seu arqui-rival, Arsenal, na casa Gunner – seja no Highbury Park ou o Emirates Estadium.

No duelo de ontem, válido pela 14ª rodada da Premier League, o técnico Harry Redknapp foi ao Emirates disposto a dar um fim no jejum, e para isso, lançou o time em um ousado 4-2-3-1, com Jenas e Modric fazendo as vezes de volantes, opção que não deu muito certo na primeira etapa.

Ambos os jogadores saiam demais pro jogo, e com isso deixavam um buraco à frente da zaga Spur, e foi nesse espaço que Fabregas ditou o ritmo dos primeiros quarenta e cinco minutos. Primeiro, com um lançamento primoroso, que encontrou Nasri em velocidade por trás de Ekotto. O camisa 8 ainda ganhou na dividida de Gomes antes de tocar para o gol vazio e abrir o placar. Em seguida, após longa e bela troca de passes dos donos da casa, o espanhol cortou bem o zagueiro e bateu forte por cima do gol. Ele queria mais.

O ritmo ditado por Fabregas envolvia os visitantes e assim dava a pinta de que o Arsenal iria impor uma sonora goleada sobre o seu rival. E em mais uma jogada iniciada pelo camisa 4, que conduziu a pelota em velocidade do campo de defesa para o ataque antes de passar para Arshavin na esquerda, o russo cruzou rasante para Chamakh desviar e ampliar o marcador.

Se o Tottenham conseguiu resistir ao insinuante futebol do Arsenal e sair com “apenas” dois de desvantagem na etapa inicial, se deve muito a (quase) perfeita atuação do zagueiro Kaboul, que fazia o possível e o impossível para evitar um desastre ainda maior.

Na volta do intervalo, diante do domínio Gunner, o técnico Harry Redknapp ousou novamente e trocou o inútil Aaron Lennon por Defoe, que voltara de grave lesão. Em chutão de Ekotto, o camisa 18 apareceu pela primeira vez na partida, com leve desvio de cabeça que deixou a bola na boa para Van der Vaart, o holandês dominou e passou para Bale, que com um toque de categoria tirou de Fabianski para diminuir logo aos cinco minutos da etapa final e dar sobrevida ao Tottenham.

Foi praticamente a primeira aparição do canhoto destaque do futebol inglês nesse começo de temporada em toda a partida, já que durante o primeiro tempo, ficou preso à ótima marcação de Bacary Sagna.

A alteração feita pelo treinador Spur, melhorou muito o time, que além de conseguir encurralar o rival no campo de defesa, conseguiu diminuir os espaços dados ao meio campo vermelho durante o primeiro tempo. O empate dos liliwhites começou a ser desenhado na falta sofrida por Modric, após bela jogada individual do croata. Van der Vaart cobrou a falta e Fabregas, presente na barreira, levantou o braço para cortar o trajeto da bola, pênalti claríssimo assinalado pelo árbitro e convertido pelo próprio holandês.

Vendo o crescimento do adversário, Wenger trocou o trio ofensivo, em busca de sangue novo e quem sabe, achar o tento da vitória, assim, lançou Van Persie, Walcott e Rosicky nos lugares de Chamakh, Nasri e Arshavin, respectivamente. Sem sucesso, o setor onde o time dominou na etapa inicial, dessa vez era dominado e a bola não chegava nos avantes.

Arsenal x Tottenham2

 Kaboul Quando o empate já parecia um resultado interessante tanto para o Arsenal, que somaria um ponto importante na busca pelo líder Chelsea e de quebra manteria o jejum sobre o rival, quanto para o Tottenham, que buscou a igualdade de forma heróica, uma falta na lateral do campo de defesa do time da casa mudou todo o rumo do cotejo. Van der Vaart cobrou com maestria para o meio da área e encontrou Kaboul, que desviou para o fundo das redes. O gol coroa a brilhante atuação do defensor francês, o melhor homem em campo e também, a perfeita leitura de Redknapp, que mexeu com a estrutura do time no intervalo e voltou com ainda mais sede de dar um fim no incomodo tabu.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

LATERAIS - Mariano e Roberto Carlos

De um lado, a juventude e a velocidade de Mariano, um dos destaques da excelente campanha do Fluminense no Brasileirão.

Com três gols e cinco assistências na competição, o lateral tricolor brilhou no sistema de jogo de três zagueiros, utilizado em boa parte da competição por Muricy Ramalho, que dá total liberdade aos alas. No setor defensivo, o camisa dois também se destacou, com 102 desarmes, além de manter uma boa regularidade, disputando 31 dos 35 jogos do clube das Laranjeiras até aqui.

Por essas e outras, o lateral foi lembrado por Mano Menezes na Seleção Brasileira, e levou a melhor sobre os seus concorrentes pela vaga na “Seleção do Brasileirão” aqui do blog, com 62% dos votos, contra 25% de Leo Moura e 13% de Gabriel.



Do outro, a experiência e vigor de Roberto Carlos, um dos melhores laterais esquerdos de todos os tempos, que sobrou na posição no campeonato nacional.

No auge dos seus 37 anos, Roberto Carlos demonstrou ao longo do certame uma capacidade física impressionante, tendo participado de 32 dos 35 cotejos corinthianos, se mantendo inclusive na fase mais aguda de dois jogos por semana. O camisa seis anotou apenas um tento em toda competição, no entanto, oito gols do alvinegro saíram de passes do lateral.

Com 56% da preferência dos leitores, Roberto Carlos fica com a lateral esquerda na seleção do campeonato. Os outros concorrentes - Diego Renan, Paulinho, Kleber e Márcio Careca - dividiram entre si o restante dos votos, com 11% para cada um.

E já está aberta a votação para as posições de zagueiros e volantes. Vote nos DOIS de sua preferência e ajude a montar a seleção do campeonato. Vote já!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

GOLEIRO - Fábio

Fabio - Cruzeiro Fábio é capitão e líder da equipe cruzeirense, hoje, terceira colocada no Brasileirão e com a segunda melhor defesa do campeonato, apenas 35 gols sofridos em 35 jogos, e muito dessa solidez do time mineiro, se deve ao excelente arqueiro azul.

A brilhante competição feita pelo goleiro, o fez ser eleito em enquete aqui, o melhor do campeonato nacional com 75% da preferência dos leitores (Jefferson, do Botafogo, ficou atras, com os outros 25%).

Agora, já está aberta a votação para os laterais, dê a sua opinião, quem é o melhor lateral direito? E na esquerda? Vote!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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City vs United

Ambos os times com 5 homens no meio campo; Excesso de volantes prejudicou a criação de jogadas.

Uma partida decepcionante com pouquíssimas ocasiões de gol. Esse foi o derby de Manchester, caracterizado pela imensa preocupação em não perder de ambos os treinadores.

Roberto Mancini mandou a campo o time no habitual 4-2-3-1, com a entrada de James Milner na vaga do suspenso Balotelli pela direita e David Silva deslocado para o lado esquerdo do tridente de armadores. Apesar dos incisivos jogadores pelos flancos, o time não tinha criatividade na distribuição das jogadas, pois dependia do volante Yayá Touré para articular.

Os Red Devils entraram com um sistema parecido, também contando com apenas um atacante, Berbatov. Com uma preocupação em bloquear o meio campo citizen, Ferguson lançou três volantes, Scholes, Carrick e Fletcher. Nani e Park Ji Sung atuavam pelos lados do campo em um 4-3-2-1, buscando espaços às costas dos laterais azuis.

O desenho do jogo foi definido logo no inicio, com os donos da casa trocando passes em seu campo de defesa, sem demonstrar grande vontade de avançar, enquanto os visitantes pressionavam a saída de bola.

Ao fim da primeira etapa, apenas três chutes eCarlitosm gol ilustraram bem como foram os chatos quarenta e cinco minutos iniciais, de pouquíssima criatividade e penetração. Dois deles em cobranças de falta, uma de Carlitos Tevez pelo City e outra de Nani pelo United, além de uma finalização de Evra, que ganhou na corrida do zagueiro e soltou a bomba de direita para fora.

O excesso de cautela dos dois treinadores, com a escalação de dois trios de volantes prejudicou demais o setor de criação dos dois times. As jogadas eram limitadas a esporádicas escapadas pelos flancos, sempre bem combatidas. Milner, além de apoiar, tinha o dever de acompanhar as descidas de Evra, enquanto Zabaleta e Barry se revezavam na marcação à Nani. A baixa produção, causava um buraco na meia cancha, e com isso, diversos chutões da defesa para o ataque, em busca de uma ligação direta.

Com tanta precaução e baixa qualidade, o zero se manteve no placar até o apito final. Um jogo para se apagar da memória. O City, mesmo jogando em casa e precisando da vitória para encostar nos líderes, não se arriscou para buscar os três pontos, enquanto o United, parecia contente com a igualdade e o ponto conquistado diante do arqui rival em pleno City of Manchester.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Erros que decidiram o Derby da Capital

Lazio x Roma

Clássico é sempre um jogo diferente, brigado e de muito estudo, onde o time em pior momento pode aprontar para o teoricamente melhor, justamente por se tratar de um jogo especial.

Na capital italiana também é assim, e Lazio e Roma prometia ser um confronto daqueles, já que com o tropeço da vice Inter, era a oportunidade de ouro para os biancocelesti dispararem na ponta do Calcio e de quebra afundarem o seu maior rival. Em contrapartida, era a chance da Roma buscar uma recuperação e ainda atrapalhar a vida do “co-irmão” regional.

O técnico Cláudio Ranieri não contava com seu principal jogador, o capitão e ídolo Totti. Para a vaga do camisa 10 o treinador lançou o francês Menez, que já havia ido muito bem durante a semana, contra o Basel-SUI pela UEFA Champions League. Mas a lista de desfalques romanistas não parava em “Il capitano”. Os brasileiros Juan e Taddei também não puderam entrar em campo, com isso, Burdisso entrou para compor a zaga ao lado de Mexés e o também brasileiro Fábio Simplicio entrou no meio campo.

Do outro lado, Edoardo Reja tinha apenas a ausência do zagueiro Biava, substituído por Standardo. O técnico promoveu ainda outra alteração na equipe que havia vencido o Palermo na última rodada, com a entrada de Rocchi no lugar do argentino Zarate. A mudança mexeu na estrutura tática da equipe, habituada a jogar no 4-2-3-1 com Hernanes centralizado, ontem o time se postou em um 4-2-2-2 onde o brasileiro foi meia direita.

A mudança parece não ter sido uma boa para os azuis. Hernanes ficou preso pelo lado do campo, onde o seu rendimento é inferior. Além disso, se preocupou em demasia em combater as subidas de Riise. A velocidade da equipe, essencial para a estratégia de contragolpes imposta por Reja, ficou muito comprometida com a entrada do camisa nove, que com pouca movimentação “congelava” o ataque.

Ao notar isso, o treinador não pensou duas vezes antes de trocar o estático avante pelo argentino já no intervalo, voltando o time ao sistema tradicional, após ver uma Roma irresponsável dominar toda a primeira etapa e só não sair com a vantagem graças ao bandeira, que viu impedimento de Borriello em jogada pela esquerda que resultou em gol anulado de Greco, que entrara no lugar do lesionado Menez.

Lazio x Roma 2

A igualdade no marcador, no entanto, durou pouco mais de cinco minutos da etapa final. Fabio Simplicio, que foi um monstro no meio campo grená, recebeu na entrada da área e bateu forte, Liechsteiner desviou com o braço e o juiz apontou a marca da cal. Borriello bateu muito mal, mas contou com a ajuda de Muslera para tirar o zero do placar.

Apesar do balde de água fria, a Lazio não se abateu e se lançou a frente para buscar o empate. A melhor oportunidade para igualar o marcador caiu justamente nos pés do craque, mas Hernanes de frente para o gol, bateu em cima de Julio Sergio. Era nítida a melhora na equipe, especialmente pela volta da velocidade ao time e a volta de Hernanes à posição onde encontrou seu melhor futebol.

Mesmo com o evidente crescimento na produção do time, o técnico Edoardo Reja resolveu mexer novamente, e mais uma vez errou, dessa vez ao sacar Hernanes para a entrada de Foggia. Não que o brasileiro estivesse fazendo uma grande apresentação - pelo contrário, estava abaixo do que vem apresentando, o erro foi mexer novamente no sistema de jogo do time, voltando ao 4-2-2-2 com Foggia pela esquerda, Mauri pela direita, e Zarate fazendo companhia a Floccari no comando de ataque.

Roma Com o placar favorável, a Roma já não era mais o time irresponsável do primeiro tempo. Bem postada defensivamente – algo natural em um time de Ranieri, continha os avanços do rival e procurava encaixar os contra ataques para matar o jogo. O meio campo romanista jogava demais, especialmente o brasileiro Fábio Simplicio, que por muito pouco não ampliou o placar, mas o chute do camisa 30 explodiu no travessão.

Porém, se um brasileiro da Roma não foi capaz de anotar o segundo gol e definir o derby, outro saiu do banco para fazê-lo. Aos 42 minutos da etapa final, Julio Baptista que entrara há apenas dois minutos, recebeu pela esquerda da área, cortou André Dias e foi derrubado, segundo pênalti a favor dos giallorossi, dessa vez foi Vucinic quem bateu com categoria para liquidar a fatura.

Lazio x Roma 3

Se o clássico é o tipo de jogo especial, onde pequenos erros podem definir o placar, o treinador biancocelesti parecia não saber disso, pois seus erros foram fundamentais para o triunfo romanista. Resta saber como a Lazio irá reagir à amarga derrota diante do arqui rival, se manterá o bom futebol e com isso os bons resultados, ou se sentirá o peso da derrota e cairá de rendimento.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

“Mou” tinha razão, Pippo é o perigo

Milan x Madrid

O jogo do San Siro era cercado de expectativas, como sempre será alias um jogo do porte de Milan x Real Madrid. O time da casa precisava muito do resultado positivo para encaminhar a classificação, enquanto os visitantes buscavam manter a invencibilidade na temporada, além de garantir a primeira colocação do grupo.

O time rossonero foi a campo postado em um 4-3-3, com os brasileiros Ronaldinho e Pato abertos e Ibrahimovic centralizado. No entanto, a equipe sofria pela falta de criatividade do seu meio campo, formado basicamente por três volantes, sendo que Gattuso e Boateng não tem qualidade na saída para o jogo, e Pirlo se preocupava muito mais em marcar Özil do que em jogar.

Já o Madrid, se posicionava no já tradicional sistema de Mourinho, o 4-2-3-1 com o habilidoso e veloz tridente de meias. A única mudança no time merengue com relação aquele que bateu o Milan há cerca de 15 dias no Santiago Bernabéu foi a volta de Sergio Ramos à lateral direita.

A equipe de José Mourinho cometia um grave erro na primeira etapa, que era a inversão de posicionamento entre Cristiano Ronaldo e Higuain, com o português fazendo as vezes de centroavante e Pipita sendo o meia esquerda blanco. Com o camisa sete aberto, poderia em velocidade explorar melhor a frágil marcação de Abate, um meia improvisado na lateral direita. A lateral esquerda também era um problema para o Milan, com o veterano e decadente Zambrotta na função e sofrendo com a rapidez do argentino Di Maria.

Ronaldinho, foi um jogador a menos em campo. Participou pouco do jogo, não ajudava o time na marcação e na criação, um único lance de perigo, quando deixou Ibrahimovic na cara de Casillas, para o sueco tocar por cima do goleiro, mas a bola saiu pela esquerda do gol.

A superioridade merengue - especialmente no setor de meio campo - era gritante, no entanto, os blancos esbarravam ora na falta de pontaria de seus avantes, ora nas defesas de Abbiati e até mesmo quando Pirlo salvou por duas vezes. Quando a primeira etapa já caminhava para o fim sem gols, Di Maria fez bela jogada pela direita e encontrou Higuain completamente livre dentro da área, o argentino dominou e tirou do arqueiro para abrir o placar em favor dos merengues.

Os dois times voltaram da mesma forma para a segunda etapa, mas por pouco tempo. Com apenas 14 minutos de bola rolando, Massimiliano Allegri perdeu a paciência com Ronaldinho e sacou o brasileiro para a entrada do homem que mudaria completamente a história do jogo, Inzaghi.

Apenas nove minutos depois da entrada do camisa nove, em um balão da defesa milanista, Pepe falhou feio e a bola ficou para Ibrahimovic pela esquerda, o sueco avançou e cruzou nas mãos de Casillas, que não segurou e a pelota sobrou justamente para Pippo empurrar para as redes.

Mourinho, tentando a mesma fórmula que deu certo no último cotejo merengue (vitória por 3 a 1 sobre o Hercules, na Liga Espanhola), lançou Benzema na vaga de Higuain, buscando velocidade e movimentação no comando de ataque blanco.

Milan x Madrid 2

Mas nada disso pode ser superior à estrela de um jogador especial, e dez minutos após empatar a partida, Inzaghi apareceu novamente. Dessa vez, em lançamento de Gattuso, que encontrou o veterano atacante livre – e em claro impedimento, Casillas novamente saiu mal do gol e Inzaghi apenas tirou do goleiro para virar o jogo.

Pippo Inzaghi Todos devem se lembrar, quando nas vésperas do jogo de ida em Madrid, José Mourinho deu declaração polêmica, dizendo que o Milan poderia usar 3, 4 ou 6 atacantes, desde que não jogasse Pippo Inzaghi. Hoje, Pippo mostrou que o comandante luso não temia à toa. O tento da virada foi o 70º do italiano em competições europeias, o maior artilheiro da Europa em todos os tempos, ao lado de Raul.

A entrada de Ambrosini no lugar de Pato aos 28 minutos deu uma melhor consistência na marcação rossonera, que dessa vez combatia bem o perigoso tridente de meias do time espanhol. Assim, Di Maria, Cristiano Ronaldo e Özil, justamente os três homens responsáveis por levar o Madrid à frente, sumiram do jogo sob a forte pegada italiana.

O nervosismo de Pepe, que já havia falhado no primeiro gol dos mandantes, era claro, e Mourinho sacou o zagueiro, para lançar Pedro Leon, um meia ofensivo e criativo para buscar o empate.

E não é que a mexida deu certo? Quando a partida se encaminhava para o seu fim e a vitória milanista parecia certa, aos 49 minutos da etapa final, Benzema avançou pela direita e encontrou o garoto Pedro Leon livre na área, o camisa 16 dominou e bateu tirando de Abbiati e garantir o empate.

A igualdade no marcador, no fim, acabou por ser o resultado mais justo por tudo aquilo que foi apresentado pelas duas equipes. Melhor para o Real, que segue na ponta do grupo, com uma bela folga de cinco pontos para o segundo colocado Milan, que agora vê os seus rivais encostarem na briga pela segunda vaga do grupo.

Copenhague 1x1 Barcelona - Determinação dinamarquesa e cautela blaugrana

Coppenhague x Barça 

O Barcelona foi a campo na Dinamarca com a missão de garantir já nessa quarta rodada a sua classificação para a segunda fase da UEFA Champions League. Ao Copenhague, um empate diante da poderosa equipe catalã já seria um resultado estupendo, já que manteria os quatro pontos de vantagem sobre o terceiro colocado do grupo, os russos do Rubin Kazan.

Como o time da casa não tinha o que perder e iria se arriscar, Guardiola preferiu se resguardar e lançar sua equipe de uma forma mais conservadora que o habitual ao colocar Keita na vaga de Pedro, recheando assim a sua meia cancha e ganhando maior poder de marcação.

O time dinamarquês entrou com uma proposta um tanto ousada, de intensa movimentação e exigência na parte física. A formação em 4-4-2, com duas linhas de quatro se compactavam e diminuíam os espaços perfeitamente quando o time não tinha a bola, em contrapartida, quando os mandantes tinham a pelota, a segunda linha avançava em bloco e buscava explorar especialmente o lado direito da defesa catalã, com Gronkjaer aparecendo bem nas costas de Daniel Alves.

A qualidade e as subidas da dupla de volantes é essencial para que uma linha de quatro homens no meio campo dê certo. E foi assim que o Copenhague assustou logo aos dois minutos, quando a bola sobrou na intermediária e Claudemir soltou a bomba para carimbar o travessão de Valdés. O brasileiro era peça chave no sistema de Stale Solbakken, ao lado do capitão da equipe, o camisa oito Kvist, distribuíam bem o jogo e abriam perigosamente para os ponteiros Vingaard pela esquerda e Bolaños pela direita.

Passado o ímpeto inicial dos donos da casa, o Barcelona começou a impor o seu estilo de jogo e manter a posse de bola, fazendo a pelota girar de um lado a outro, e esbarrando em um paredão de oito ou nove homens de branco, bloqueando a entrada da área. A saída era uma bola longa nas costas da defesa adversária, e assim, Iniesta achou Villa pela direita, “El Guaje” soltou a bomba e acertou a trave do arqueiro sueco Wiland.

Aos trinta minutos da etapa inicial, Xavi em novo lMessiançamento encontrou Keita livre na entrada da área, o malinês escorou de cabeça para Villa, a zaga cortou mal e a bola foi parar nos pés de Messi, o argentino dominou e bateu de direita para abrir o marcador em favor dos visitantes.

Mal deu tempo de comemorar, pois apenas dois minutos depois veio o gol de empate dos leões. Em saída errada, Claudemir roubou a bola de Keita e lançou para Gronkjaer pela esquerda, o veterano fez bela jogada e levantou na área, Valdés não segurou e a pelota sobrou para o mesmo Claudemir bater no contrapé do goleiro espanhol.

A segunda etapa continuou na mesma batida da primeira, com o Barça mantendo a bola, mas sem conseguir sem incisivo, sem penetração no ferrolho dinamarquês. A marcação por zona do time da casa era eficiente e evitava a chegada dos catalães, especialmente ao bloquear Xavi, o homem da distribuição.

O técnico norueguês Solbakken mexeu na distribuição da sua equipe, invertendo os meias Bolaños e Vingaard de lado, além de Gronkjaer, que saiu da esquerda onde aproveitava os espaços deixados por Dani Alves e foi para a direita, ficando vendido a forte marcação de Abidal.

O lateral francês por sinal, fez importante papel no sistema de jogo do time de Guardiola. Apesar de postado no tradicional 4-3-3, o time catalão quando tinha a posse de bola – 65% do tempo de jogo – aparecia mais em um 3-4-3, com o camisa 22 fechando o lado esquerdo da defesa, Puyol fazendo as vezes de libero e Piqué pela direita, dando liberdade a Daniel Alves para o brasileiro compor o meio campo.

Com o time da casa bem postado e arriscando nos contra ataques, o Barcelona clamava por velocidade e profundidade, clamava por Pedro. Guardiola demorou demais a mexer no time e lançar o camisa 17, e quando o fez, em minha opinião, foi errado. Não devia ter sacado Villa e sim Keita, mas o treinador preferiu a cautela para segurar o empate a buscar o tento da vitória e da classificação. Ainda assim, o garoto quase garantiu os três pontos para o time blaugrana, quando no fim do jogo cortou para o pé direito e bateu forte na trave esquerda de Wiland.

A vitória era de extrema importância para o Barcelona, que precisava garantir a classificação antecipada e poder se dar ao luxo de não se desgastar em excesso contra o Panathinaykos, que antecede o super clássico diante do Real Madrid.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Seres Superiores

CR - Leo Messi

O fim do ano se aproxima e com ele a premiação individual ao melhor jogador da temporada. Cristiano Ronaldo e Messi, os dois últimos vencedores do prêmio, estão novamente entre os vinte e três finalistas, no entanto, dificilmente faturam nesse ano, já que não venceram a UEFA Champions League, e principalmente, pelo fiasco de suas seleções na Copa do Mundo. O fato é que independente de título ou temporada, levando em conta apenas o talento, os dois sobram.

Cristiano Ronaldo, atravessa um dos melhores – senão o melhor – momentos de sua carreira. O luso tem números assombrosos desde sua chegada ao Real Madrid – 45 gols em 49 jogos, mas nesse mês de outubro os números são ainda mais impressionantes. Em oito partidas (sendo duas pela seleção portuguesa), foram 13 gols e cinco assistências, que certamente foram cruciais para a liderança merengue no campeonato espanhol.

Messi por sua vez, mesmo que voltando recentemente de uma lesão, não fica muito atrás do camisa sete blanco. No último mês, foram sete tentos anotados por “La Pulga”, além de uma assistência. O argentino é ainda o atual (bi) artilheiro da UEFA Champions League e artilheiro da Europa na última temporada, mas isso não deverá ser suficiente para levar a bola de ouro dos favoritos Xavi, Iniesta e Sneijder.

Há quem goste mais do futebol de Cristiano Ronaldo, e há aqueles – que assim como eu – prefiram o futebol de Lionel Messi, mas dificilmente há quem discorde que um deles é o melhor jogador do planeta.